RSS

Modos Gregos - Parte 01

E ae, pessoal! Blz?!

No meu último (e único! hehe!) post para a sessão "Artigos e Estudos", falamos um pouco sobre Intervalos. Na época, citei que a intenção era falar um pouco sobre Modos Gregos, mas decidi começar com teoria sobre Intervalos, já que ela é essencial para o entendimento dos Modos. Então, antes de seguir adiante, recomendo a leitura daquele post, intitulado "Uma breve teoria sobre intervalos".

Creio que a maioria que estudou um pouco de música já tenha ao menos ouvido falar nos modos gregos (principalmente o pessoal que toca instrumentos de cordas). São eles: jônio (I), dórico (II), frígio (III), lídio (IV), mixolídio (V), eólio (VI) e lócrio (VII). Provavelmente a maioria teve contato com os modos sendo um conjunto de sete "desenhos" de escalas, onde o primeiro "desenho" é o jônio, o segundo é o dórico e assim por diante...

Primeira coisa: esqueçam esse conceito! Quer usar os modos como desenhos de escala? Ok, vá em frente! Mas saiba que, usando assim, eles não passam de armações diferentes da mesma escala! "Ah, mas meu professor disse que é assim". Tudo bem, então peça para ele dizer a diferença entre um dó jônio e um ré dórico. "Ah, mas eu comprei uma revista e ela dizia que é assim". Ok, mas, se eu fosse você, começava a ler outra revista...

Ok, ok... alguns devem estar meio perdidos, outros curiosos e muitos, talvez, me xingando. Tudo bem, eu não ligo! Hehe! O importante pra mim é que vocês ao menos saibam como a coisa deve funcionar mesmo. Decidir como usá-la fica a cargo de cada um.

A título de exemplo, vamos montar um sistema modal em dó, como seria ensinado por aí:

Jônio: C - D - E - F - G - A - B
Dórico: D - E - F - G - A - B - C
Frígio: E - F - G - A - B - C - D
Lídio: F - G - A - B - C - D - E
Mixolídio: G - A - B - C - D - E - F
Eólio: A - B - C - D - E - F - G
Lócrio: B - C - D - E - F - G - A

Alguém pode, por favor, me dizer a diferença entre qualquer uma dessas escalas acima? Se a sua resposta foi nenhuma, você está corretíssimo! Ao se estruturar o sistema modal assim, não se está fazendo outra coisa além de executar a mesma escala, apenas começando de uma nota diferente. E começar de uma nota diferente não é suficiente para fazer com que seja outra escala.

Ou seja, você está tocando no louvor, a igreja está animadíssima, está rolando aquela música em dó... daí o líder do louvor olha pra você e faz sinal pra você solar! Como você estudou recentemente um troço chamado modos gregos, resolve que hoje é dia de usá-lo! E não pensa duas vezes: se a música está em dó, manda ver um sol mixolídio, pois ouviu dizer que esse é um modo muito usado no rock.

Olhe de novo pra tabela acima: sol mixolídio tem exatamente as mesmas notas de um dó jônio. Logo, mesmo com um desenho diferente, você está tocando uma simples escala de dó maior! É o mesmo caso de tocar a escala de dó maior e a de lá menor: a escala é absolutamente a mesma (mesmas notas), só muda a nota inicial (ou tônica).

Infelizmente essa é a forma mais ensinada por aí, porque é a forma que dá menos trabalho pra ensinar e pra aprender. Por quê? Porque quando se pensa em modos, afasta-se do sistema tonal e trabalha-se com o sistema modal. Eu mesmo só fui ouvir falar sobre isso quando estudava no IG&T e, posteriormente, em algumas matérias na Guitar Player.

Mas, e aí? Quer dizer que os modos são inúteis, não servem pra nada, são perda de tempo? Muito pelo contrário! Desde que se tenha os conceitos corretos sobre a sua utilização. Como exemplo, vamos montar "corretamente" um sistema modal em dó:

Jônio: C - D - E - F - G - A - B
Dórico: C - D - Eb - F - G - A - Bb
Frígio: C - Db - Eb - F - G - Ab - Bb
Lídio: C - D - E - F# - G - A - B
Mixolídio: C - D - E - F - G - A - Bb
Eólio: C - D - Eb - F - G - Ab - Bb
Lócrio: C - D - Eb - F - Gb - Ab - Bb

Opa! Aí sim a coisa começa a mudar de figura! Se estiver rolando uma música em dó maior e eu resolver solar com um dó frígio, estou acrescentando algumas notas totalmente distintas. Aí é que a brincadeira começa a ficar bacana! 

Por hora, é isso! Nos próximos posts eu vou entrar um pouco mais a fundo nos conceitos envolvidos nesta última tabela, passando por harmonia modal, notas características de cada modo, utilização prática e otras cositas más!

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS

O verdadeiro sentido do louvor e adoração

Por: Ronaldo Bezerra

“Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão” – I João 4:20-21.

Neste texto existe uma pergunta do apóstolo João que sempre me vem à mente quando penso sobre o louvor e adoração. A pergunta é: “Como podemos amar a Deus a quem não vemos, e não amar o nosso próximo a quem vemos?”.

Esta pergunta tem tudo a ver com louvor e adoração, porque louvor precisa se transformar em ação prática, em estilo de vida de amor, serviço, compreensão e carinho. Enfim, louvor precisa provocar mudança, caso contrário se torna cantoria. E cantar por cantar é até bom e agradável, mas corremos o risco de perder o espírito daquilo que Deus quer para nós.

Sabemos que o mundo em que vivemos está dominado por muitos males, tais como violência, corrupção, drogas etc. Tudo isso nos entristece porque fomos transformados pelo Senhor e porque não compactuamos com tais procedimentos. Mas o que temos feito para mudar a situação? Apenas reclamamos? Apenas murmuramos em todos os lugares? Apenas mostramos desagrado e repulsa? Ou, como deseja o Senhor, temos procurado fazer a nossa parte para que esta realidade seja modificada?

Eu tenho convicção no meu coração de que quanto mais amamos o Senhor, mais o louvamos, e quanto mais o louvamos, mais amamos o ser humano, pois quando amamos a Deus, amamos as pessoas, e amaremos também nossa cidade e nosso país. Precisamos nos colocar à disposição do Senhor para sermos instrumentos para mudar a realidade que está perto de nós.

Conta-se uma história de um homem que uma vez ficou diante de Deus com seu coração quebrantado pela dor e injustiça no mundo. "Deus querido", ele clamou, "olhe para todo o sofrimento, angústia e aflição no mundo que criaste. Por que não envia ajuda?". Deus respondeu, "Eu enviei ajuda. Eu enviei você!". Devemos entender que cada um de nós foi enviado para ajudar a transformar o mundo e isso não é uma tarefa de um único dia ou de um ano, mas de toda a vida.

É claro que não somos capazes de acabar com todas as iniqüidades do mundo, mas precisamos propor em nosso coração não agir da mesma forma como o mundo age. Se cada um fizer a sua parte, juntos iremos iluminar muitos lugares e, em pouco tempo, toda uma cidade estará iluminada e o nome de Jesus será engrandecido. Não esqueçamos que as trevas não podem permanecer no local onde uma lâmpada é acesa. Você vai acender a sua? Fomos chamados para sermos luz em meio às trevas: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus" (Mt 5:16).

Deus abençoe!
Ronaldo Bezerra

  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS